O ensino de um irmão.

Hoje pela manhã fui visitar um irmão que está enfermo e foi encaminhado para a capital para fazer uns exames (o nome dele é Kauê, orem por ele). Ele é um adolescente de 17 anos que ama servir o Senhor e tem paixão pela Palavra. Devido a uma infecção ele está sem andar, sem enxergar de um olho e necessitando de usar uma sonda.


Duas coisas especialmente me marcaram nessa visita ao Kauê:

1ª) A calma demonstrada diante de tal circunstancia.

Fiquei maravilhado com a calma aparente dele. Apesar de estar preocupado com a situação pela qual está passando ele não deixou de sorrir, não deixou de confiar em Deus, não esta resmungando e murmurando. Um exemplo maravilhoso de confiança no amor, na graça e na misericórdia de Deus. Mesmo diante da dificuldade ele se sente feliz.

Enquanto muitos de nós estaríamos nos perguntando o porquê de tudo isso e se descabelando por toda a situação da enfermidade, murmurando contra Deus e o mundo por que não nos julgamos merecedores de tal desgraça, ele permanece recebendo a todos que o visitam com uma imensa alegria no coração e um sorriso enorme no rosto.

2ª) O amor pela palavra.

Durante o tempo que estive com ele hoje ele quis compartilhar comigo algo grandioso. Ele me disse que aprendeu algo maravilhoso para ser edificado constantemente, com sua bíblia na mão ele disse que aprendeu que se você quer ser edificado deve amar aos seus irmãos, não somente os que estão perto ou que convivem com você, mas a todos. Maravilhosa descoberta a desse irmão não?

Enquanto eu e você estamos presos a pequenas intrigas, guardando reservas de situações que deveriam realmente ter sido superadas, nos prendendo às pequenezas da vida, esse irmão está nos ensinando o significado real do amor de Cristo, através do que ele aprendeu pelo amor que ele tem pela palavra. Amar, simplesmente amar. Não importa quem seja e o que tenha feito. Amar, por que é este amor que Jesus nos ensinou. Sem reservas, sem restrições, sem dar ênfase aos defeitos alheios. Amar com intensidade e profundidade, pois não é assim o amor de Cristo para conosco?

Glória a Deus pela vida desse irmão que me ensinou tanto hoje, estou feliz por ter compartilhado desses momentos com ele.

Que Jesus encha seu coração de paz, fé e amor!

Bálsamo

Senhor, sei que não fui fiel a tua palavra
Sei que magoei teu coração com minhas atitudes
Caminhei caminhos de trevas
Escolhi por destino a morte

Já não vejo mais saída
Não a mais para onde ir
Mas grande é a tua misericórdia
Mas grande é o teu amor

Senhor, sei que teus olhos estão sobre mim
Que tua destra é poderosa para salvar
Eu clamo a ti meu Deus
Vem, muda meu destino
Me faz ver além do horizonte
Pois só tu pode me libertar

Cura meu coração oh Deus
Das feridas que a vida me deu
Derrama teu bálsamo precioso
Me faz nascer de novo
Do teu Espírito.

Relatório de Atividades - Fevereiro de 2011

Olá amados, esta é a postagem do relatório de atividades do Projeto no mês de fevereiro. Abaixo acompanham algumas fotos. Estamos trabalhando intensamente, mas ainda não conseguimos colocar em prática todos os nossos sonhos. Oramos a Deus para Ele enviar obreiros que ajudem na realização dos projetos. Estou postando alguns pedidos de oração, não se esqueçam de nós em suas orações.

Anastasis Misericórdia

Distribuição de alimentos
3 Reuniões (Louvor, pregação e oração)
8 Famílias atendidas

Lixão
6 Reuniões (louvor, pregação e oração)
4 Famílias atendidas

Anastasis Crescer

Abrigo Municipal
3 Reuniões (aulas de violão e atividades evangelísticas)
8 a 12 Crianças atendidas

Anastasis Cura
1 Atendimento

Pedidos de oração:

Por estratégias de Deus para evangelização das pessoas atendidas pelo Projeto;
Pela direção de Deus sobre o Projeto Anastasis;
Pela unção verdadeira do Espírito Santo sobre os obreiros do Projeto;
Por salvação de vidas para Cristo;
Por cada um dos colaboradores.

Até mais, que Jesus abençoe a vida de todos vocês!

Sobre Biguás e Revoadas

Há duas semanas estava no Rio Guaporé. Descíamos rumo a um povoado boliviano para, para levar até lá, um pouco de menos dor, um pouco mais de paz, um que de nós sobre esperança, uma fatia a mais de Jesus Cristo como aquele remédio que não tem preço, sem anestesias, sem se sofrer a falta de estoque dele...
O barco ia e dois fatores me chamaram a atenção. Ambos se referem a um pássaro: o Biguá. Há uma lenda indígena que diz ser o Biguá a alma de um amante que perdeu sua amada porque ela lhe foi roubada e levada para uma terra nunca encontrada. Por isso, todas as vezes que se vê um Biguá sobrevoando o rio, é ele, o amante roubado, procurando pela amada. O biguá é uma alma condenada a ser procurante eterno.
Então, a primeira coisa que me fez pensar foi quando o dia nasceu, riscando o céu de laranja e lilás. A bíblia diz que Deus fez sair as fontes nos vales, as quais correm entre os montes. Ali era assim. O sol faz dormir as crias da noite, porém, faz revoar os biguás. Centenas ou milhares deles, numa aparente e desorganizada algazarra. Rápidos, gritantes. Lembrei que assim é alma humana. Como o Biguá, está condenada à caça de seu bem maior: Deus! Como na história do amante, está perdendo sua fonte de cura e sai todas as manhãs numa busca frenética por amor e paz. Para muitos, a cena parece ser eterna. Procurarão, verão o dia seguir o seu curso, e nada acharão.
Então, veio a segunda coisa que me fez pensar. A bíblia diz que o sol nasce e logo se recolhe, pois conhece o seu ocaso. O homem trabalhou o dia todo e quando caiu a noite, procurou o descanso. Eu vi a revoada do Biguá no pôr do sol. Outra vez eram centenas ou milhares. O céu estava de novo riscado de laranja, salpicado de um vermelho que mais parecia rosa e o sol era preguiçoso, como se pudesse parar aquele instante inigualável. E eu vi a diferença do vôo do fim do dia. Havia paz, o frenesi e a desorganização da procura haviam passado. E o coração humano também é assim. É preciso parar, é preciso encontrar. Talvez o biguá, em sua eterna procura, não tenha visto o que Jesus diz: “Quem tem sede venha a mim e beba”!
Poucas vezes, duas coisas tão simples, me deixaram ver o coração humano de forma tão plena como vi naquele dia. É que um está procurando e o outro tem as fontes da água da vida!

Colorado do Oeste, 10 de Setembro de 2008.

Por Eliel Eugênio de Morais